Pelo que me chega aos ouvidos, através de conversas com portugueses que tenho conhecido aqui, os incentivos oferecidos no estrangeiro são significativamente maiores.
Pelos vistos à ligeiras diferenças no trabalho em Portugal, pelas quais ainda não tinha dado conta. O valor que é dado ao trabalhador português é muito baixo (talvez por boas razões, antigamente a ainda actualmente tem-se ideia de que estes tentam de tudo para escapar ao trabalho). Mas será que esta tendência dos portugueses não tem vindo a diminuir?
Enquanto as empresas não valorizarem os seus trabalhadores, a tendência será para que Portugal perca cada vez mais mão-de-obra qualificada, que prefere por diversas razões vir para o estrangeiro trabalhar. Isto porque primeiro, o seu salário aumenta ao mesmo tempo que os seus custos de vida aumentam, mas não na mesma proporção. Segundo, o trabalhador consegue cumprir com os seus deveres a tempo e horas, salvo algumas excepções, sendo compatível a manutenção de uma vida social para além do trabalho . Terceiro, as hierarquias de trabalho existem mas não são insistentemente mostradas nem o fosso monetário entre diferentes hierarquias é tão exagerado. Aqui não é necessário progredir na carreira para se viver suficientemente bem.
Até agora o meu trabalho tem sido desafiante e ao mesmo tempo descontraído com pessoas como o Bruno, Mark, Daniel, Thörsten e Swetlana a darem um empurrãozinho na maneira como se lida com este no dia-a-dia. Tenho me apercebido que as pessoas fazem toda a diferença na minha aprendizagem profissional.